Bem, parece que o mercado chegou mesmo
ao fundo do poço. Ruim para as empresas e bom para os poucos
profissionais que se formam anualmente no Brasil e que pretendem
ingressar na área de Tecnologia da Informação. A exigência de nível
superior está se restringindo a cargos para profissionais seniores, de
coordenação e gerência de projetos, pelo relato do artigo da INFO em entrevista com gestores de recursos humanos de grandes empresas.
Definitivamente as escolas de nível
superior que formam pessoal para área de TI estão com suas grades
curriculares muito aquém do que o mercado exige, nada de novo,
infelizmente. E olha que todo ano se fala a mesma coisa e parece que
poucas intituições de ensino tem dado atenção ao assunto. Ao invés de se
diferenciarem, como fez a BandTec, por exemplo, ao
oferecer curso de inglês em sua grade (algo terrivelmente trivial mas
que ninguém pensou em fazer antes…) , preferem ficar na média das demais
escolas.
Imagino que isto deve ter relação com a
predatória concorrência, que obrigam as instituições particulares a
reduzirem suas mensalidades a fim de manterem seus cursos com quórum
razoável. O resultado dessa guerra é o que a gente vê por aí:
infraestruturas precárias com bibliotecas pobres onde livros de TI novos
são aqueles de 3 ou 4 anos atrás, laboratórios antiquados, internet
pior que a lá de casa e outra porção de deficiências.
Com tudo isso, as empresas não tem outra
solução senão afrouxar seus processos de seleção e complementar
posteriormente a formação do novo funcionário com treinamentos como on-the-job, entre outras modalidades. Bom para você, que pretende trocar de emprego, ainda que seja o primeiro emprego na área.
O lado ruim é que, apesar da grande
demanda, os salários não são lá tão bons assim, em geral. Com gente
menos preparada, a captação de novos negócios fica comprometida, assim
como a capacidade de entrega dentro de parâmetro de qualidade e prazo
aceitáveis.
Porém é bom ressaltar que deixar de
contratar sem nível superior não quer dizer que as empresas estão
contratndo sem critério algum. É preciso que o candidato comprove sua
experiência e conhecimento das tecnologias em questão, o que é
facilmente alcançado com entrevistas e testes.
De todo modo, valorize o conhecimento
prático, atualize-se nas tecnologias de forma independente através de
livros, projetos free-lance, treinamentos especializados entre outros.
Ajudar um colega de trabalho num projeto sobre o qual não domina
também é uma boa forma de aprender algo valioso, agregando seu
portifólio.
Não quero aqui dizer que você não
deveria fazer uma faculdade ou retomar novamente seu curso, mas para o
mercado, nível superior está se tornando apenas mera formalidade nos
departamentos de RH. Fique antenado às tendências do mercado e
desenvolva novas habilidades nesse sentido.
As empresas precisam urgentemente de
pessoas que façam acontecer, e não apenas que fiquem esperando sentados
nas cadeiras das universidades algo diferente acontecer. Pessoas
dinâmicas, hábeis, inconformadas por natureza e que adoram buscar novas
soluções. Tudo isso vale muito mais que um diploma e é muito justo, na
minha opinião, que pessoas assim, que tenham alto grau de
resolutividade, sejam bastante valorizadas.
Fonte: Carreiradeti.com.br